Luis Leão Pinto completou 220 km de percurso, de Jaramataia a Maceió, meia hora à frente do 2º colocado.
Superação. Eis a palavra capaz de definir a oitava edição do Desafio Internacional de Ciclismo, competição que reuniu mais de 340 participantes, distribuídos em duas formas de disputa, com percursos de 120 km e 230 km. Neste domingo (13), encerrando o desafio, foi a vez de 69 ciclistas percorrerem trechos que misturavam barro e asfalto, cortando municípios como Arapiraca e São Miguel dos Campos, até cruzarem a linha de chegada no bairro de Jaraguá, em Maceió. O grande campeão, na categoria Open Masculino, foi o português Luis Leão Pinto.
Campeão europeu, Luiz concluiu o trajeto com o tempo de 7:24:58, 31 minutos à frente do segundo colocado, o goiano Rodrigo Nunes, que suou a camisa para superar três adversários que cruzaram a linha de chegada praticamente iguais. À reportagem da Gazetaweb, o ciclista português elogiou a organização da prova e revelou que a parte final ‘é sempre a mais complicada’.
“Estou muito feliz pela vitória numa competição do mais alto nível. Tive um apoio impressionante dessa galera brasileira. Foi um prazer imenso competir mais uma vez na terra de um povo irmão, e agora espero voltar para curtir férias em Maceió”, disse o vencedor, que faturou ainda cinco metas volantes - que compreendem trechos específicos do percurso, cada qual com premiação de R$ 200.
Com isso, Luis Pinto retornou para a Europa com mais de R$ 10 mil na bagagem como premiação, garantindo que também marcará presença na próxima edição do evento. Já Rodrigo Nunes, brasileiro de melhor colocação na prova, disse que competir em Maceió foi um privilégio. “Eu nem viria. Consegui recurso de última hora e comprei a passagem. Foi muito bom disputar entre tantas feras e ainda conseguir a segunda posição, já que estou neste esporte há pouco mais de um ano”, comentou o ciclista goiano – que completou a prova com 7:55:01 –, acrescentando que o trecho mais adverso do percurso foi o dos canaviais.
“Nunca vi tanta cana. Se você for fraco psicologicamente, acaba ficando no meio do caminho. Pensei que nunca mais sairia dali”, brincou o competidor, revelando ainda que o segredo está na constante hidratação ao longo do percurso, evitando assim desgaste desnecessário.
O brasiliense Josemberg Montoya, terceiro colocado, cruzou a linha de chegada somente 19 centésimos de segundo atrás de Rodrigo. “Eu já estava ficando louco. Mas foi um percurso belo, impressionante”, resumiu o competidor, tendo sido complementado pelo paraibano Sharlys Silva, que ficou em quarto lugar. “Comer alguma coisa, tomar banho e dormir é tudo o que desejo agora”, desabafou o ciclista natural de Campinha Grande, que completou o trajeto com o tempo de 07:55:01:42.
E fechando o pódio, outro estrangeiro, o costarriquenho Alexander Sanches ficou com a quarta colocação, somente três centésimos depois do terceiro colocado, em disputa que levou o público ao delírio na reta final, já na Avenida da Paz, em Maceió.
Para Eguiberto Pedro, da comissão organizadora, o desafio ‘foi um sucesso total’.
“Foi muito gratificante poder ver um atleta diferenciado como o Luis Pinto, presenciando sua alegria, vendo-o saltitante. Já estou sonhando com a próxima edição, ainda mais competitiva”, comentou Eguiberto, acrescentando que a pretensão é a de que mais de 500 pessoas participem do Desafio em 2012. “Tivemos duzentos inscritos no ano passado. Ou seja, a disputa está cada vez mais forte,”, emendou o também membro da Associação Alagoana de Ciclismo (AAC).
Outro que não escondeu a satisfação em conseguir completar o percurso foi o pernambucano Cícero Márcio da Silva, que ficou com a sexta colocação, tendo raspado os pêlos do peito para sinalizar que participara do Desafio pela quarta vez. “Corro há oito anos porque decidi dar continuidade à tradição de meu pai. Foi superação do início ao fim”, disse o competidor, que não tem apoio no estado vizinho e que já começa a buscar patrocínio em Alagoas. “Viria com o maior prazer”, assegurou Cícero, cuja bicicleta – adaptada à diversidade de terrenos que compõem a disputa – custa mais de R$ 20 mil.
O Desafio Internacional de Ciclismo foi uma promoção da Braskem, Serviço Social da Indústria (SESI), Serviço Social do Comércio (SESC), Governo do Estado e Organização Arnon de Mello (OAM), com o apoio das prefeituras de Marechal Deodoro, Maceió e Limoeiro de Anadia.
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