Existem equipes que custam 15 milhões de euros, como a norte-americana HTC-Columbia e outras que competem a temporada com 250 mil, como a portuguesa do CC Loulé. É esta a disparidade do pelotão da Volta ao Algarve, que esta manhã foi para a estrada. O ciclismo português vive um dos piores anos da sua história, reduzido a cinco equipas e todas de orçamentos mais pobres. "O ciclismo nacional vive de ciclos. Quando passei a profissional também só existiam quatro equipas, número que foi aumentando. Atualmente, num país que está em crise, o ciclismo, tendo uma visibilidade que fica longe da do futebol, é mais afetado pelas opções das empresas", diz José Azevedo, diretor-desportivo da RadioShack, aquela que é considerada a mais forte equipa mundial. O vilacondense que brilhou no Tour desta vez não irá dirigir Lance Armstrong, mas na frente do seu carro estarão estrelas como Levi Leipheimer e Andreas Kloden, dois dos maiores adversários do vencedor do ano passado e novamente favorito: Alberto Contador. Azevedo vive uma realidade diferente, e diz até desconhecer a triste realidade das formações nacionais. Entre os ciclistas portugueses que hoje forão à estrada, alguns levam para casa 650 euros mensais. Contador recebe mais nos cinco dias da competição do que esses corredores em toda a temporada.. Depois de domingo, quando se atingir a meta de Portimão, o ciclismo português teme o que espera. Azevedo, no entanto, é otimista: "Não será o fim. É apenas um ano ruim".
Números
15 milhões de euros é o orçamento da Columbia, a mais cara equipa mundial
700 mil euros era o salário anual de Contador antes da última revisão... em alta
620 mil euros é o orçamento do Palmeiras-Tavira, a maior equipa portuguesa
€650 será o salário líquido de alguns corredores portugueses
10 milhões de euros é o orçamento de RadioShack e Astan
Os resultados das etapas das provas serão postados no blog diariamente.
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