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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Garzelli e Di Luca em casa: Giro perde sua alma

A organização do Giro d’Italia vai deixar fora da próxima edição da prova dois dos ciclistas mais amados do país na última década: Stefano Garzelli, campeão prova em 2000 e Rei da Montanha nas duas últimas edições da prova, e Danilo di Luca, maglia rosa em 2007.

A equipe, a Acqua & Sapone, dos dois astros, não recebeu o convite pra prova. Em seu lugar foi chamada a NetApp – que eu nunca tinha ouvido falar. Trata-se de um time americano, que tem como diretor esportivo Jens Heppner, alemão que vestiu a maglia rosa por alguns dias em 2002 e que venceu uma etapa do Tour em 1998. E só, nenhum nome de destaque em seu elenco.

Além, da NetApp, a organização do Giro convidou Androni Giocattoli, Colnago-CSF Inox, Farnese Vini-Selle Italia – estas últimas, com méritos. Ainda não se pronunciaram os mostivos da escolha pelo time americano no lugar da Acqua & Sapone.

Aos 38 anos, Garzelli pode parar. “Quando vejo que o ciclismo é feito de escolhas econômicas e não esportivas, paro pra pensar”, declarou. “Passei 15 anos sendo protagonista do Giro, dando espetáculo, alegrias, suor e sofrimento aos meus torcedores e sacrificando a minha família. Nada disso foi levado em conta”.

Como nenhuma explicação ainda foi dada, concordo com Garzelli. Não que ele e Di Luca sejam melhores que Contador, Evans ou Schlecks. Porém, são ciclistas do presente, com estilos do passado, que sofrem nas montanhas pra fazer o torcedor vibrar na beira da estrada. O Giro não pode viver sem ciclistas assim.

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