Longo, a melhor ciclista de todos os tempos Por Fernando Bittencourt
Jeannie Longo, considerada a melhor ciclista de todos os tempos, acabou não fornecendo à Federação Francesa de Ciclismo (FFC) e à Agência de Antidoping dos Estados Unidos (ASADA) as informações necessárias sobre seu paradeiro durante o ano de 2011. Por conta disso, esteve ausente em três ocasiões, nas quais passaria por exames antidoping na temporada. O fato culminou na divulgação da notícia de que a FFC poderá iniciar um processo disciplinar contra a atleta de 52 anos que, por três vezes, deixou de dar informações precisas sobre seu paradeiro.
A ciclista, que possui uma carreira limpa e um currículo invejável, com 59 títulos franceses, 13 títulos mundiais e 7 participações em Olimpíadas, poderá ser forçada a se ausentar no Campeonato Mundial de Copenhague, na Dinamarca. Não estar presente a um exame-surpresa (por isso se deve informar sobre seu paradeiro) é uma falta considerada grave para qualquer federação ciclística, no entanto, os ciclistas só podem ser suspensos a partir da terceira infração, o que é o caso.
De acordo com o jornal L’Equipe, a terceira violação por parte da atleta ocorreu em junho, quando Longo se preparava nos Estados Unidos para o Campeonato Francês de Contrarrelógio. Oficiais da Usada foram ao hotel em que a ciclista deveria estar hospedada, no entanto, encontraram um quarto vazio. O comunicado foi feito às Autoridades de Antidoping Francesas (AFLD) por funcionários da USADA e o caso foi passado novamente à FFC.
Longo, que leva uma vida como nos velhos tempos, não usando nem telefone celular e nem computador, compete há mais de 30 anos e possui inúmeros títulos nacionais e internacionais em pista e estrada. O ícone do ciclismo francês não justificou a falta de explicações sobre seu paradeiro. “Se o atleta não pode nos comunicar sobre seu paradeiro, com certeza será banido por dois anos e nada menos que isso”, comunicou Olivier Niggli, consultor da Agência Mundial Antidoping (WADA). Porém, se a FFC resolver dar uma suspensão menor à atleta, a WADA terá que intervir no caso e levá-lo ao tribunal Arbitral do Esporte (TAS).
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