Eventos Ao Vivo

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Ciclista diz ser acusada injustamente pela Federação Francesa e, por meio de advogados, afirma não estar bem psicologicamente para a prova


Jeannie Longo e Patrice Ciprelli, seu marido


Jeannie Longo anunciou nesta quarta-feira (14) que não disputará o Campeonato Mundial de Estrada, que será realizado entre os dias 19 e 25 de setembro em Copenhague, na Dinamarca. A decisão da ciclista mais vitoriosa de todos os tempos foi tomada após ter se envolvido em duas polêmicas neste ano.

A primeira ocorreu porque a ciclista acabou não fornecendo à Federação Francesa de Ciclismo (FFC) e à Agência Mundial de Antidoping (WADA) as informações precisas sobre seu paradeiro durante o ano de 2011. Por conta disso, esteve ausente em três ocasiões, nas quais passaria por exames antidoping surpresas. O fato culminou na em um processo disciplinar contra a atleta de 52 anos, que alegou levar uma vida à moda antiga, sem utilizar nem celular e nem computador, o que dificulta em muito a comunicação com as entidades máximas do ciclismo.

A segunda não tem necessariamente a ver diretamente com Longo, mas sim com seu marido e técnico, Patrice Ciprelli, que foi acusado de comprar a substância eritropoietina (EPO) de chineses, via internet. A notícia, divulgada pelo jornal L’Equipe, rendeu uma suspensão provisória a Patrice por parte da FFC.

Bruno Ravaz e Pierre Alberto, advogados de Jeannie Longo, emitiram um comunicado alegando que a atleta de 52 anos foi muito afetada pelas falsas acusações feitas contra ela e que a multicampeã não estaria nas melhores condições físicas e mentais para competir no mais alto nível, ao qual está acostumada. A atleta, por sua vez, agradeceu a todos que a apoiaram, mas afirmou que não disputará a prova feminina de contrarrelógio e a prova de estrada, que serão realizadas na terça-feira e no sábado da semana que vem.

A atleta, dona de 59 títulos franceses e 13 mundiais agora espera por uma resposta oficial sobre o caso, mas os primeiros indícios não são nada bons. “Se o atleta não pode nos comunicar sobre seu paradeiro, com certeza será banido por dois anos e nada menos que isso”, comunicou Olivier Niggli, consultor da Agência Mundial Antidoping (WADA). Porém, se a FFC resolver dar uma suspensão menor à atleta, a WADA terá que intervir no caso e levá-lo ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS).

Nenhum comentário:

Postar um comentário