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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Técnico italiano diz não se importar com as críticas recebidas após o fracasso no Mundial


Bettini não se preocupa com as críticas


O técnico da seleção italiana, Paolo Bettini, está sob pressão no cargo após o fracasso de seus atletas no sprint que decidiu a prova masculina de estrada do Campeonato Mundial, na categoria Elite, vencida por Mark Cavendish.

Daniele Bennati, líder do time italiano, perdeu contato com seus embaladores, que o protegeriam até os quilômetros finais de prova. O ciclista não teve espaço para se utilizar de sua velocidade. O italiano concluiu a prova na 14ª colocação, o que representou o pior resultado de seu país desde o ano de 1983, quando Giuseppe Saronni terminou a prova na 17ª posição em Altenrheim, na Suíça.

Saronni foi um dos que mais criticaram a seleção, além do campeão Mundial de 2002 Mario Cipollini, que falou mal da equipe, por não entender o motivo pelo qual os ciclistas pedalaram a prova inteira visando um sprint final, questionando a falta de experiência dos atletas para embalarem chegadas desta natureza.

“Se alguém quiser minha cabeça, eu a oferecerei feliz, pois isto não é um problema para mim e dou risada de quem diga besteiras como esta. Não é um trabalho simples de se fazer, mas decidi arregaçar as mangas e trabalhar, em vez de ficar em casa, apenas criticando tudo e todos. Temos feito um grande trabalho com os atletas e estamos felizes com isto”, disse Bettini.

O campeão mundial de estrada nos anos de 2006 e 2007, no entanto, afirmou que seus homens perderam o controle nos quilômetros finais da prova, onde ocorreu um conturbado sprint. “No último ano, em Geelong, o time deu 100% de si, mas Pozzato falhou quando teve sua chance. Cavendish é o número um do mundo e os italianos acabaram se perdendo com a bagunça causada pelo sprint final, apesar de eu tê-los alertado”, reconheceu o técnico.

“Bennati me olhou nos olhos e me pediu desculpas por não ter realizado o sprint. Ele estava bloqueado e me disse que não conseguiria seguir adiante. Viviani até poderia sacrificar mais suas chances, mas ficou indeciso quanto ao que faria durante a prova”, concluiu Bettini.

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