O presidente da UCI, Pat McQuaid, explicou que a pressão política exercida sobre a Federação Espanhola de Ciclismo (RFEC) na decisão sobre o caso Alberto Contador, que acabou liberado para voltar as competições, fez com que a entidade máxima do ciclismo optasse por recorrer ao TAS (Tribunal Arbitral do Esporte).
“Estou ciente que este caso envolve um nome muito forte do ciclismo”, disse McQuaid. “Mas a forma como o processo se desenvolveu na Espanha não nos deu outra alternativa, então tivemos que entrar com um recurso no TAS.”
No período em que a RFEC estudava o caso, inúmeras personalidades espanholas se manifestaram sobre o episódio, incluindo o primeiro-ministro do país, Jose Zapatero. “Eles receberam uma quantidade enorme de pressão a partir de fontes políticas, incluindo o primeiro-ministro, dizendo que ele não deve ser suspenso. Obviamente ele é um atleta de alto nível alto, mas quando você observa o primeiro-ministro espanhol e o presidente do Comitê Olímpico intervir e fazer declarações quando não sabem claramente os fatos, sabe que é demais"
McQuaid explicou que foi necessário recorrer ao TAS, a fim de eliminar a suspeita de que a decisão da RFEC para inocentar Contador tenha sido consequência de uma interferência política espanhola. Ele também vai de acordo que é preciso tomar uma decisão antes do início do Tour, assim como Christian Prudhomme, organizador do Tour de France.
O presidente da UCI está otimista de que o TAS será capaz de resolver o assunto antes de julho. “Meu entendimento é o seguinte: se ambos os partidos querem obter uma decisão antes do Tour de France, o cronograma está lá e podemos fazê-lo.”
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